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Marketing para idosos: os Baby Boomers e a geração silenciosa

Neste artigo trazemos uma breve reflexão sobre as gerações esquecidas e a tendência crescente do marketing para idosos

Classificando Gerações

A necessidade de classificar gerações de acordo com seus hábitos de consumo surgiu em meados do século passado, estimulada pelas constantes análises comportamentais da época. Segundo estudiosos, a categorização leva em consideração o cenário e contextos específicos de uma época, uma vez que os avanços tecnológicos, a economia e os valores culturais do momento irão impactar os hábitos do consumidor. 

A mais antiga é a geração silenciosa, composta por pessoas nascidas antes de 1942. Geralmente é uma geração pouco ligada à tecnologia e sem grandes aspirações profissionais, sendo que as prioridades de consumo deste grupo são os cuidados com a saúde e as viagens com a família.

Já os Baby Boomers é a geração que nasceu após a Segunda Guerra Mundial (hoje na faixa dos 60 anos), e são os responsáveis por reconstruir seus países no pós-guerra. Por isso valorizam a estabilidade financeira e as conquistas econômicas.

Leia também: A crise e o comportamento do consumidor em 2023

De olho no marketing para idosos

Segundo dados da OMS, as pessoas acima de 60 anos devem somar, juntas, cerca de 2 bilhões de idosos no mundo até 2050. E embora os idosos tenham uma capacidade econômica muito expressiva, o varejo não tem incluído suas necessidades e desejos nas ações de marketing. 

Uma matéria de 10 anos atrás da Bloomberg já apontava que os grupos acima dos 50 anos iriam concentrar um mercado de 15 trilhões de dólares. Já um levantamento da Kantar IBOPE, aponta que 85% dos idosos conectados à internet a utilizam para pesquisar sobre determinados produtos e 75% deles afirmaram que fizeram pelo menos uma compra online em 2020. 

O fato é que a pandemia incentivou as pessoas acima de 60 anos a reverem os benefícios da tecnologia e “darem uma chance” aos novos moldes do mercado: compras online, cursos, aderência às redes sociais e consumo de streaming. 

E como as empresas podem trabalhar o marketing digital para os idosos? 

  1. Experiência do usuário

Embora os idosos estejam aderindo às novas tecnologias e estejam cada vez mais conectados, eles podem sentir dificuldades com algumas ferramentas. Por isso é muito importante traçar a jornada de compra e tentar deixar o processo cada vez mais intuitivo e simples. 

  1. Design + Copy

Ao criar uma peça publicitária, leve em consideração a linguagem visual e textual. Evite usar jargões e memes com duplos sentidos, imagens carregadas e fontes muito pequenas. 

Os textos precisam ter fácil leitura e irem direto ao ponto.

  1. Representatividade

As empresas podem incluir imagens do público nas campanhas, para que se sintam representados. Mesmo que seja um produto para várias idades, é possível trazer essas representações visuais para o contexto da marca. 

 

Deixamos aqui um exemplo de campanha maravilhosa, onde a Allegro, uma das maiores lojas online da Polônia, soube cativar o público no natal de 2016 ao pensar no marketing para idosos.

O marketing inclusivo

O marketing inclusivo é super importante e estratégico para as marcas que precisam criar campanhas, anúncios e conteúdos. Independente da idade, do gênero, a etnia ou a situação socioeconômica, todos querem se sentir representados. 

Uma das principais premissas do marketing inclusivo é que a diversidade é uma vantagem e não apenas uma responsabilidade social

Veja aqui o estudo de caso da Fenty Beauty e entenda como a empresa da celebridade Rihanna foi considerada uma disrupção na indústria da beleza e destaque em inovação (ao lado da Tesla e IPhone X) segundo a Revista Times. 

Embora existam diversos especialistas e acadêmicos que escrevem sobre o marketing inclusivo, existe uma frase do autor e palestrante Simon Sinek, que defende a importância da inclusão no marketing. Ele disse: “As pessoas não compram o que você faz, elas compram o porquê você faz“. Essa citação destaca a importância de comunicar os valores e propósitos da marca de forma inclusiva, conectando-se com os clientes em um nível mais profundo.

Além disso, vale a pena mencionar a obra “Marketing de Inclusão: Como Criar, Conquistar e Fidelizar Clientes” (tradução livre do título original “Inclusive Marketing: How to Create, Keep and Win with Customers”) de Andrea Henao e Javier Hernández, que aborda o tema do marketing inclusivo em detalhes, fornecendo insights práticos e exemplos de estratégias inclusivas. 

E como você tem incluído a diversidade em suas campanhas? Seja o marketing para idosos ou o marketing inclusivo (de forma mais ampla), é importante trazermos essa questão para as empresas e times de comunicação. 

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